sábado, 22 de julho de 2017

Crítica: Depois de 4 anos longe do cinema, o diretor Edgar wright retorna às telonas com muito estilo em “Em Ritmo de Fuga”.


Depois de 4 anos longe do cinema, o diretor Edgar Wright (Homem - Formiga) retorna às telonas com muito estilo em “Em Ritmo de Fuga”. Extremamente divertido, o filme funciona tanto como um filme de ação como também uma obra autoral, sendo uma ótima mistura desses dois e também funcionando como respiro em meio as grandes produções relacionadas a grandes sagas que saturam a indústria. 

A história acompanha Baby (Ansel Elgort) que é um motorista de fuga e nunca tira seus fones de ouvido. Ele tem uma dívida com Doc (Kevin Spacey) e dirige apenas para quitá-la. O roteiro é muito acertado e não se alonga nem se apressa em nenhum dos elementos que compõem a narrativa, os personagens são desenvolvidos de acordo com sua importância na trama. Nenhum elemento apresentado no primeiro e no segundo ato passa desapercebido e tem sua importância em algum momento, construindo muito bem certas motivações. 

Edgar Wright, diretor e roteirista do longa, com certeza é uma das melhores coisas do filme. O excelente trabalho de direção não permite que nada vá errado e dá personalidade ao filme. Melhor que outros trabalhos do autor, o filme tem uma qualidade sonora invejável pois tecnicamente é muito bem feito como também é um dos fatores que contribuem para a narrativa. Apostando mais em efeitos visuais práticos, as cenas de perseguição do filme são maravilhosas e deixam o espectador sem fôlego. 

Provavelmente o maior destaque do filme é a relação do personagem com a música, que acaba se tornando uma relação com o espectador também. A maior parte da projeção tem alguma música tocando ao fundo devido ao fato do protagonista sempre estar usando fones. A montagem e a mixagem de som são acertadíssimas pois o espectador não se perde em meio ao espetáculo sonoro e visual que é o filme. 

Sendo um dos melhores do ano, “Em Ritmo de Fuga” acerta em tudo que se propõe e mais um pouco. Bastante autoral torna-se um escape em meio ao mainstream. É mais do que válida a ida ao cinema para conferir. 




NOTA 10/10


Por: L. Denipoti

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