O mais novo filme de Denis Villeneuve mistura ficção científica e drama num filme tecnicamente impecável, que é levantado pelo diretor que faz um ótimo trabalho e do roteiro exemplar.
A trama se inicia quando Louise Banks (Amy Adams), uma renomada linguista, é procurada por coronel Weber (Forest Whitaker) para se comunicar com alienígenas recém-chegados à terra. O enredo é simples, mas a medida que avança passa a apresentar novos meandros que só elevam a obra.
O roteiro é muito acertado e quase não tem falhas. O primeiro e segundo atos basicamente giram em torno da apresentação dos "aliens" e da sua linguagem e a tentativa dos humanos de estabelecer uma comunicação de mútuo entendimento. Nessa parte o filme brilha e é um exemplo de ficção científica, certas analogias e as bases que dá para os argumentos apresentados dão segurança ao espectador. O terceiro ato é mais apressado, mas não atrapalha, responde perguntas previamente (e sutilmente) plantadas na cabeça do público sem parecer didático.
Tecnicamente o filme é impecável. Os efeitos visuais que constroem os extraterrestres e suas naves são muito bons. A trilha sonora é espetacular, sempre passando uma impressão de suspense e mistério a quem assiste. A fotografia é um dos grandes fatores do filme, muitos planos longos que passam uma organicidade e planos detalhe que ensinam muito ao espectador em poucos segundos.
Sendo o melhor filme do ano até agora, “A chegada” é um filme com uma ótima direção, um roteiro competente e aspectos técnicos impecáveis. Singular dentro da filmografia de Villeneuve e faz o público pensar, o que é um grande mérito.
NOTA 10/10
Por: L. Denipoti
Nenhum comentário:
Postar um comentário