quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Inferno (2016) - menos polêmico e mais divertido.


Ron Howard volta a dirigir uma aventura de Robert Langdon (Tom Hanks) pela Europa. Dessa vez mais divertido e menos polêmico, o terceiro filme é bem familiar, tendo muitas charadas e reviravoltas em sua trama. Assim como os outros ele é uma adaptação de um livro do Dan Brown, e como qualquer adaptação, há mudanças.
A história se inicia com um prólogo que mostra Bertrand Zobrist (Ben Foster), um famoso bioquímico, sendo perseguido pelo agente Bruder (Omar Sy) e ajudantes. Zobrist, vendo-se encurralado, se joga do alto de uma torre e se mata na frente dos perseguidores. Logo após essa sequência encontramos nosso protagonista, Robert Langdon, acordando num hospital ferido e com amnésia. Ele descobre que está sendo caçado e a brilhante Dra. Sienna Brooks (Felicity Jones) o ajuda a fugir.

Robert encontra em suas roupas um cilindro que o leva a descobrir que Zobrist havia criado uma praga para matar a metade da população, numa tentativa de evitar crises futuras, assim se inicia a jornada para impedir a disseminação dessa praga. Diferente do livro, a figura de Zobrist no filme é quase um fantasma que está presente o tempo todo para atrapalhar a “missão” de Robert.
O longa tem muitas adaptações que são necessárias para que o ritmo do filme funcione, certos personagens tem arcos alterados, outros arcos são encurtados e alguns personagens tem tramas menos complexas. Isso é muito bem-vindo já que o filme tem apenas duas horas.
A trama referencia quase o tempo todo “Divina Comédia” de Dante Alighieri, que é base para a motivação do “vilão” do filme. Para quem assistiu aos outros filmes não vai estranhar a referência a outras obras, que é comum em todos os três.
Outro artifício que é comum na trilogia são as reviravoltas e a resolução de enigmas para chegar a um objetivo. Esse filme tem muito disso, mas nesse caso acaba prejudicando a trama, pois são tantas reviravoltas que o espectador se perde e pouco entende os acontecimentos que vem a seguir.
O ritmo segue bom até o começo do terceiro ato, que tem uma revelação muito absurda e que leva o filme pra baixo, tendo um clímax chato e duvidável. Só nos "finalmentes" o espectador consegue aproveitar de novo.
O elenco do filme é muito acertado, todos os atores desempenham seu papel muito bem, especialmente Tom Hanks, que vive esse papel pela terceira vez e é uma das melhores partes da trilogia.
Se você gostou dos dois primeiros, deve gostar também desse que tem um tom mais divertido e bem menos polêmico que os outros, já que não há religião envolvida na trama. Apesar de ser uma aventura intrigante com boas atuações, a direção por vezes falha do Ron Howard e o excesso de reviravoltas na trama levam o filme pra baixo. Não é nem o pior nem o melhor da trilogia

NOTA 6,5/10


Por: L. Denipoti

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