terça-feira, 28 de junho de 2016

Sexta temporada de Game of Thrones ganha celeridade e se entrega ao fan service.


ATENÇÃO: Esse texto contem spoiler da 6ª temporada de GOT.

Game of Thrones começou a temporada com um episódio morno que serviu apenas para situar os núcleos após os acontecimentos do quinto ano. Sem nenhum avanço significativo na narrativa, o primeiro episódio foi o oposto de todos os outros. O sexto ano da série foi recheado de acontecimentos bombásticos e revelações importantes, o que deve ter feito muitos dizerem que essa é a melhor temporada da série.


Em anos passados, Game of Thrones já teve muito tempo dedicado às longas jornadas pelas Terras Fluviais e outros cantos de Westeros. Não é o caso dos últimos dez episódios. Exceto a jornada de Sam (John Bradley) e Gill (Hannah Murray), a série simplesmente não mostrou mais viagens. Quando um personagem diz que irá àquele lugar, ele simplesmente aparece aparece lá após um ou dois episódios. A exclusão das viagens, que podem causar uma grande confusão na nossa noção de tempo da série, só teve uma finalidade: dar rapidez aos acontecimentos.
Dar celeridade à série não é tão simples, isso poderia facilmente resultar em uma história e personagens mal desenvolvidos. Mas há fatores que impedem que isso aconteça: nenhum personagem novo de grande destaque é apresentado para ser desenvolvido desde o começo e, pelo menos até a décimo episódio, nenhuma relação inédita entre personagens acontece. Ou seja, nós os conhecemos e eles se conhecem. Isso permite que a ação aconteça sem um desenvolvimento maçante. A falas do Alto Pardal (Jonathan Pryce), por exemplo, se tornaram chatas, pois repetiam o mesmo discurso sobre deuses que já conhecíamos e não precisávamos ouvir de novo.


A série não está isenta de erros, o desfecho da história da Arya (Maise Williams) e dos homens sem rostos exigiu uma suspensão de descrença enorme e o fato da Sansa (Sophie Turner) não contar sobre a ajuda dos cavaleiros do vale só serviu para criar uma batalha com reviravolta no final. Apesar disso, esses pequenos problemas são facilmente esquecidos, já que eles acontecem para possibilitar finais muito esperados pelos fãs. Aliás,  tudo parece ter sido feito para agradar os fãs. A ressurreição de Jon Snow (Kit Harington), a vingança da Arya e a descoberta das origens do Rei da Noite, de Hodor e do filho bastardo de Ned Stark fizeram a alegria de muitos que passaram anos formulando teorias.


Ao fim dessa temporada, todos os acontecimentos nos forneceram um ótimo esboço de como a série deve seguir até o seu fim. Plots foram resolvidos e linhas narrativas unificadas em torno de três grupos liderados por Cercei (Lena Headey) no trono de ferro, Jon Snow no Norte e Daenerys (Emilia Clarke) a caminho de Westeros com o apoio de várias casas. Com poucos episódios previstos para serem feitos, essa temporada armou o tabuleiro no qual a HBO contará as últimas jogadas.



NOTA 9/10 


Por: Gustavo T.

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