No 13° filme de seu universo cinematográfico, a Marvel entrega um de seus filmes mais divertidos, mas que ao mesmo tempo é seu filme mais profundo. O terceiro filme do Capitão América é um dos melhores e mais importantes da Marvel, chega a ser inacreditável que os irmãos Russo conseguiram fazer um trabalho tão bom de novo.
A trama tem dois pontos muito importantes, o primeiro é o tratado de sokovia, que faz com que os heróis não mais ajam de maneira independente, tendo que responder a um painel da ONU antes entrar em ação. O segundo é a busca pelo Bucky (Sebastian Stan), que é considerado uma ameaça a ser combatida, menos para o Capitão, que entende a situação de seu antigo amigo.
Tony Stark (Robert Downey Jr.), atormentado por acontecimentos do passado, se posiciona a favor do tratado, ao contrário de Steve Rogers (Chris Evans), que não concorda com os termos da lei. Vale parabenizar a esses dois atores que encarnam as duas maiores figuras da Marvel no cinema, vemos em Tony uma seriedade até aqui nunca antes mostrada e no Steve o peso de quem contraria a todos mas que continua a lutar pelo que acredita.
A cisão acontece por definitivo quando Bucky é identificado como culpado de uma tragédia internacional. Steve se vê na obrigação de defender seu amigo, e seu time é reunido em função do respeito que sentem por seu líder.
Nesse momento é apresentado T’challa (Chadwick Boseman), o Pantera Negra, que se une a time Stark por seus próprio motivos pessoais. T’challa é uma figura segura de si, ele sabe o que ele pode fazer e não o esconde, seu arco é muito bem desenvolvido e os roteiristas fizeram um ótimo trabalho na sua apresentação.
O vilão do filme é Zemo (Daniel Brühl), alguém que tem suas razões pra ter ódio dos vingadores e opera por baixo dos panos tentando prejudicá-los. Não é um vilão memorável, de fato, mas para o propósito do filme é um personagem que funciona, a atuação de Brühl ajuda.
Outro personagem que finalmente é introduzido neste universo Marvel é o Homem-Aranha (Tom Holland), Tom faz um Peter Parker atrapalhado e que fica deslumbrado por ver esses titãs que são o Homem de Ferro e o Capitão América. Sem dúvida é a melhor encarnação do personagem até o momento e a mais fiel ao material original também.
O embate entre Tony e Rogers é algo especialmente bem feito, eles não são inimigos, mas a situação os colocou um contra o outro. Eles têm pontos de vista opostos e nenhum dos dois cede, é uma discussão que começa muito política e toma rumos pessoais no terceiro ato. A atuação dos dois melhora tudo isso, Downey Jr e Chris Evans foram os atores que melhor compreenderam os seus papéis em todos esses filmes.
Tecnicamente o longa é quase impecável, os efeitos visuais são muito bons, apesar de algumas vezes mostrarem defeitos. A trilha sonora não é maravilhosa, mas é muito boa e em vários momentos realçam o que está em tela. A fotografia é muito boa, a parte sonora do filme não decepciona e as cenas de ação são ESPETACULARES.
“Capitão América: Guerra civil” é um dos melhores filmes da Marvel, apresenta novos personagens com naturalidade, em quesitos técnicos é quase impecável e tem a melhor representação de alguns personagens. Obviamente o filme tem defeitos, mas nada que atrapalhe a narrativa ou a sua experiência
NOTA 10/10
Por: L. Denipoti
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