Demolidor volta com uma temporada inferior à primeira, mas com um núcleo de ouro.

Sem Spoiler

Em seu primeiro ano, Demolidor foi um sucesso de crítica e público, o selo Marvel deu uma ajuda, mas não faz milagre, infelizmente a série volta em seu segundo ano com uma temporada inferior a primeira, mas com pontos interessantes.

A temporada tem um começo de ouro, com 4 episódios fantásticos, isso se deve à introdução do novo personagem Frank Castle (Jon Bernthal), que é um vigilante que faz justiça com as próprias mãos e é bem mais extremo que o demolidor (Charlie Cox), matando seus alvos.

O conflito entre os dois é muito bem desenvolvido, os dois tem pontos de vistas diferentes e Frank se mostra irredutível, indo até as últimas consequências para defender sua ideologia.

Enquanto isso, Matt se vê pressionado pelo seu amigo Foggy (Elden Henson) que reclama da cruzada noturna do seu amigo pois ela o preocupa e atrapalha nos negócios da firma chefiada pelos dois, que está quase falida. No começo o discurso de preocupação de Foggy é até válido, mas chega a um ponto que soa chato e cansativo.

Passado um terço da temporada, é introduzida na séria uma figura misteriosa do passado de Matt: Elektra. A personagem é uma empresária que goza de uma vida boa, e acabamos por descobrir que ela também é uma vigilante, que ao que dá a entender, tem objetivos mais claros.

Acontece que a partir da aparição da personagem, a série é poluída com um arco desinteressante e lutas mal coreografadas, e é nesse arco que é introduzido o “vilão da temporada”.

Karen Page (Deborah Ann Woll) desempenha um papel semelhante ao da temporada passada, investigando o passado de Frank Castle, pois acredita que ele tem motivos para fazer o que faz. Esse núcleo muitas vezes é desinteressante, quando não tem um outro personagem principal para segurá-lo,mas a secretária funciona muito bem com seus companheiros e Frank, já outros personagens, não muito.

Chegando no final, o arco de Frank dá uma esfriada, até para dar um espaço para o crescimento de Elektra na série, que tem seu núcleo sendo a pior parte da temporada pois tem uma revelação que não tem construção nenhuma e por isso não funciona, além de uma resolução que deveria deixar um gancho pra próxima temporada, mas que faz a luta perder todo o sentido.

A edição é um fator que é muito falho essa temporada, constantemente o espectador é tirado de um núcleo que está no ápice para ver um outro núcleo lento, além de prejudicar o ritmo da narrativa, ela torna todos os núcleos que estão sendo mostrados chatos, tendo em mente que o espectador quer ver o núcleo mais legal.

Sendo assim, Demolidor volta com uma segunda temporada com um começo fantástico graças a Frank Castle. Depois disso passa a apresentar erros de roteiro, falhas de atuação, edição e coreografias mal feitas. Se você gostou da primeira temporada, ainda vale a pena ver essa.

                                   NOTA 7.5 

Por: L. Denipoti

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