A história acompanha Toni Terranova (Johnny Massaro), filho de pai francês e mãe brasileira, que vai estudar na capital e quando volta encontra o pai indo embora para a França. O modo como a trama se desenrola se mostra mais complexa que sua premissa básica, mas ainda assim tão simples quanto.
O filme se mostra simples em todos os aspectos mas não pequeno, a fotografia de Walter Carvalho ressalta as grandezas do cotidiano tanto quando usa primeiríssimos primeiros planos como também planos gerais. Também há uma coloração sépia que contribui para a imersão do espectador na época mais antiga.
Tudo na obra colabora para que o espectador esteja imerso dentro da narrativa, o design de produção e os figurinos dos personagens retratam fielmente a década de 60. Selton Mello é o diretor e faz um belíssimo trabalho, os elementos que a narrativa apresenta têm importância e inclusive significados, como a moto do pai ou trem. Algo que deve ser apontado é que o principal conflito do filme demora um pouco a aparecer, mas quando aparece é fortalecido pela experiência que o espectador teve com aqueles personagens.
Ponto alto na carreira de cada um que participa do filme, “O Filme da Minha Vida” é sensível e funciona em todos os aspectos. Vale a pena ficar de olho nos próximos projetos de Selton Mello.
NOTA 8/10
Por: L. Denipoti
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